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Outubro Rosa – Psicólogo Carlos Alves

Atualizado: 24 de abr.

Olá, conhecido por Kadu Alves, sou psicólogo clínico, formado pela Estácio, desde 2020, pós-graduado em Terapia Familiar, em Gestalt Terapia, em dependência química e em saúde mental.


Compreendendo que no mês de outubro tem como tema Outubro Rosa, ações preventivas são executadas em todo país, e o CRP tem como articulação de disponibilizar em apoio ao mulheres afetadas pelo câncer de mama apoio psicológico e realizações de palestras de prevenção e auto cuidado para mulheres e homens.

A campanha de prevenção ao câncer de mama organizada anualmente em outubro tem como foco o autocuidado a partir do exame do toque realizado pelas mulheres nas mamas. Prevê, ainda, a realização de exames preventivos. Ambos os cuidados buscam a detecção precoce do surgimento de manifestação da doença. Essas são estratégias válidas e importantes. Contudo, a prevenção do câncer de mama deve ter suas ações ampliadas de modo a considerar que os cuidados à saúde extrapolem a realização de exames e a auto-observação de partes do corpo.

A Psicologia entende que o corpo físico não pode ser visto isoladamente da experiência de vida das pessoas e dos determinantes sociais da saúde. Por isso, a abordagem preventiva não pode ser apenas focada no biológico. Afinal, saúde não é apenas a ausência de doença, mas estado de bem-estar biopsicossocial produzido a partir da interação entre os eixos biológico, psicológico e social, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por isso, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) aproveita a mobilização do Outubro Rosa refletir sobre alguns aspectos que, geralmente, são esquecidos durante a campanha.

O primeiro remete ao fato de que o incentivo à realização de exames, muitas vezes, não é acompanhado do oferecimento desse serviço em larga escala em algumas regiões do país para a população mais vulnerável. Ou seja, além de estimular as mulheres a buscar o acompanhamento de um profissional de saúde, é importante cobrar que o poder público, nas esferas federal, estadual e municipal, ofereça as condições para que esta mulher seja efetivamente assistida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Outro aspecto preocupante refere-se ao perigo do entendimento equivocado de que o cuidado com a saúde dependa apenas de uma decisão individual da pessoa. Essa concepção acaba por desconsiderar as condições econômicas e sociais que podem facilitar ou não determinados tipos de adoecimento. A ideia alardeada de que a doença decorre apenas da falta de autocuidado, pode promover um sentimento de culpa da pessoa pelo próprio adoecimento.


Referência:


Por: Kadu Alves





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